Mais de 200 mil assinantes decidiram cancelar suas assinaturas do The Washington Post após o jornal anunciar que não apoiaria nenhum candidato nas próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Essa decisão gerou uma série de reações entre jornalistas e críticos, com especulações sobre a intenção do proprietário do jornal, Jeff Bezos, de evitar descontentamentos, especialmente em relação ao ex-presidente. O Post, que contava com mais de 2,5 milhões de assinantes, viu sua reputação questionada, e a postura foi criticada por figuras proeminentes do jornalismo.
Renomados jornalistas expressaram preocupação com a decisão, ressaltando a ameaça que a situação política atual representa para a democracia. Alguns membros da imprensa incentivaram os leitores a manter suas assinaturas, destacando o impacto que os cancelamentos poderiam ter sobre a segurança de seus empregos. Bezos, por sua vez, defendeu a escolha do Post, alegando que ela era pautada por princípios éticos e visava combater a percepção de viés, negando qualquer influência externa ou interesse pessoal na decisão.
A reação ao posicionamento do jornal não foi isolada; logo após a adoção de uma linha editorial semelhante pelo Los Angeles Times, também ocorreram cancelamentos significativos. A situação se agravou internamente, com a saída de três jornalistas do conselho editorial do The Washington Post, o que pode indicar um descontentamento com as novas diretrizes. A decisão do jornal e suas consequências continuam a ser um tema de debate acalorado na esfera pública e no meio jornalístico.