A Assembleia Geral da ONU, em sua reunião desta quarta-feira, expressou de maneira significativa seu apelo para que os Estados Unidos encerrem o regime de sanções que perdura há décadas contra Cuba. A resolução, que não possui caráter vinculativo, foi aprovada por 187 países, com a única oposição dos EUA e de Israel, e a Moldávia optando pela abstenção. Esta é a 32ª vez consecutiva que propostas semelhantes são aprovadas, refletindo uma crescente pressão internacional sobre a política americana em relação à ilha caribenha.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, em seu discurso, destacou que o que é frequentemente denominado de embargo é, na verdade, um bloqueio que afeta não apenas as transações financeiras com os Estados Unidos, mas também impacta a compra de bens e serviços globalmente. Ele argumentou que as sanções representam uma forma de guerra econômica, alegando que suas consequências têm sido devastadoras para o povo cubano e têm como objetivo forçar mudanças políticas no país. O discurso enfatizou que a atual crise econômica, marcada pela escassez de produtos e colapso de infraestrutura, é amplamente atribuída a essas restrições.
Por outro lado, um diplomata dos EUA defendeu que as sanções visam promover os direitos humanos e a democracia em Cuba, afirmando que o governo americano fez exceções para ajuda humanitária. Desde a imposição do embargo após a revolução de 1959, os Estados Unidos implementaram numerosas sanções, que se intensificaram sob administrações recentes. O ministro cubano responsabilizou essas novas restrições pela crise energética enfrentada atualmente no país, citando a recente queda da rede elétrica como um exemplo das consequências diretas das políticas americanas.