Julian Assange, fundador do WikiLeaks, fez sua primeira declaração pública após a saída da prisão no Reino Unido durante uma comissão do Conselho da Europa, em Estrasburgo, no dia 1º de outubro de 2024. Em sua fala, Assange se declarou culpado por sua atuação como jornalista e destacou que a busca por informações deve ser reconhecida como um pilar fundamental da sociedade. Ele mencionou que passou 14 anos preso, entre a embaixada do Equador e a prisão britânica, e que seu testemunho pretende ajudar aqueles que enfrentam situações semelhantes, mas menos visíveis.
Assange foi libertado após um acordo com a Justiça dos Estados Unidos, onde admitiu a obtenção e divulgação de informações sensíveis, incluindo relatos de execuções extrajudiciais. Desde sua liberação, ele voltou à Austrália e se reuniu com sua família, mantendo-se afastado das aparições públicas. O Conselho da Europa, ao debater as circunstâncias de sua detenção, tem sido um palco de discussões sobre a proporcionalidade das ações judiciais contra ele e a necessidade de investigar supostas violações de direitos humanos reveladas por seu trabalho.
O caso Assange continua a ser polêmico, polarizando opiniões sobre liberdade de expressão e os riscos associados à publicação de documentos confidenciais. Seus apoiadores veem nele um defensor do jornalismo, enquanto críticos argumentam que suas ações comprometeram a segurança nacional e a vida de pessoas. Em sua declaração, Assange fez um apelo por mais transparência e contra a autocensura, reiterando que o jornalismo não é um crime e pedindo que a luta pela verdade continue.