O artesanato em capim dourado, tradicional do Tocantins, agora é oficialmente considerado uma manifestação cultural nacional, conforme sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa planta do cerrado, transformada em arte pelas mãos das artesãs, não só encanta os brasileiros, mas também tem atraído a atenção internacional, com peças comercializadas em diversos estados do Brasil e países como China e Japão. A colheita do capim dourado, que ocorre anualmente entre setembro e novembro, é celebrada por uma festa no povoado de Mumbuca, destacando a importância cultural e econômica desse trabalho artesanal.
A valorização do capim dourado é vista como uma forma de honrar a cultura local. Artesãs da região expressam gratidão pelo reconhecimento que o artesanato está recebendo, considerando-o um reflexo do esforço e dedicação das mulheres que sustentam suas comunidades através dessa atividade. Durante eventos culturais, como a festa da colheita, são realizadas exposições e apresentações que ressaltam a rica tradição envolvida na produção de objetos como vasos, bolsas e até roupas, que têm ganhado destaque na moda.
Recentemente, o capim dourado ganhou visibilidade no mundo da moda, com peças utilizadas em ensaios de carnaval, como o traje da atriz Erika Januza, que destacou a relevância do trabalho das artesãs quilombolas. A colheita é regulamentada por leis ambientais, que garantem a preservação da planta e seu uso responsável. Assim, o capim dourado não apenas representa uma fonte de renda, mas também um símbolo da cultura e resistência das comunidades que o cultivam.