O arrendamento de terras tem se mostrado uma opção econômica para aqueles que desejam iniciar na agricultura, especialmente na região de Araçatuba, em São Paulo. O processo geralmente ocorre entre usinas e plantadores de cana-de-açúcar, permitindo que pequenos agricultores utilizem terrenos sem a necessidade de comprá-los, o que pode ser financeiramente inviável. Essa prática pode servir como um primeiro passo para quem está entrando no ramo, já que o custo de aquisição de terras pode ser elevado.
Claudemir Trevelim, um agricultor local, exemplifica essa abordagem, cultivando cana-de-açúcar em uma área de 1,8 mil hectares, dos quais apenas 5% são de sua propriedade. Ele destaca que, durante o arrendamento, estabelece um contrato com a usina, que paga ao proprietário da terra enquanto ele assume a responsabilidade de plantar e cuidar do canavial. A usina, por sua vez, realiza a colheita, e Claudemir recebe um pagamento por tonelada produzida, descontando uma taxa de 20% referente ao arrendamento.
Essa relação entre agricultores e usinas não apenas viabiliza a produção, mas também fortalece a colaboração entre as partes envolvidas, criando um modelo que pode beneficiar tanto os produtores quanto as empresas. O arrendamento, portanto, surge como uma solução viável para aqueles que buscam se inserir no setor agrícola, proporcionando uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento sem o ônus financeiro da compra de terras.