A arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil alcançou R$ 203,169 bilhões em setembro de 2024, apresentando um aumento real de 11,61% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Este resultado não apenas superou as expectativas do mercado, que estimava uma arrecadação média de R$ 201,50 bilhões, mas também representa o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica, em 1995. Em relação a agosto de 2024, a arrecadação cresceu 0,33%, demonstrando uma leve recuperação em um contexto econômico desafiador.
A Receita Federal atribui esse crescimento ao aumento na arrecadação de tributos como o PIS/Cofins sobre combustíveis, além de melhorias na tributação de fundos exclusivos e uma atualização significativa de bens e direitos no exterior, consequência de uma nova lei aprovada em 2023. O desempenho também foi influenciado pela maior atividade do comércio exterior, impulsionada pelo aumento das importações e mudanças nas alíquotas. A contribuição previdenciária também cresceu, refletindo a elevação da massa salarial e o recolhimento de valores diferidos.
Nos primeiros nove meses de 2024, a arrecadação totalizou R$ 1,934 trilhão, um aumento real de 9,68% em relação ao mesmo período de 2023. Esse desempenho é considerado o melhor da série histórica. Entre os fatores que contribuíram para esse resultado estão o crescimento da arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), a recuperação na tributação de combustíveis e o aumento nas alíquotas do Imposto de Importação e do IPI. A Receita também destacou o recolhimento de aproximadamente R$ 7,4 bilhões referente à atualização de bens e direitos no exterior, reforçando a melhoria nas finanças públicas.