O secretário de segurança pública do estado do Rio de Janeiro informou que 47% dos fuzis apreendidos em 2024 foram fabricados nos Estados Unidos. Apesar de já existirem informações sobre as rotas de tráfico de armamentos, ele ressaltou as dificuldades enfrentadas pelo Brasil devido à extensão de suas fronteiras, que totalizam mais de 24 mil quilômetros entre terrestre e marítima. O secretário destacou que outros países com maiores recursos também têm dificuldades para controlar suas fronteiras, o que agrava o problema no estado.
Em resposta à crescente violência, o governo estadual está formando um grupo de trabalho composto por representantes das forças de segurança e do Ministério da Justiça. Este grupo terá como prioridade investigar as finanças das organizações criminosas e entender a dinâmica econômica que possibilita o fluxo de armamentos ilegais. A proposta é substituir a economia do crime por uma economia legal, promovendo o desenvolvimento de uma sociedade civil organizada.
A nova abordagem não se limita a operações policiais; busca-se entender os ciclos econômicos que alimentam o crime e o tráfico de armas. As autoridades pretendem aprofundar as investigações sobre o destino e a origem do dinheiro que financia essas atividades, reconhecendo que o uso de fuzis representa um símbolo do controle territorial. Para enfrentar essa questão, é necessário um trabalho mais qualificado e uma estratégia abrangente que vá além das ações tradicionais.