A Polícia Civil realizou a apreensão de mais de 400 garrafas de azeite em supermercados de Cariacica e Vila Velha, na Grande Vitória, devido a suspeitas de adulteração. As marcas envolvidas, que apresentavam preços significativamente inferiores ao mercado, foram suspensas para investigação. O responsável pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor ressaltou que a prática de preços baixos é uma estratégia comum entre falsificadores, que visam atrair consumidores em estabelecimentos com foco em um público de menor poder aquisitivo.
As análises iniciais indicam que os produtos apreendidos poderiam conter óleo de cozinha em vez de azeite, com características sensoriais que se aproximam do óleo de lamparina. A polícia afirmou que será realizada uma investigação laboratorial para determinar a composição exata dos produtos e os potenciais riscos à saúde dos consumidores. Todos os lotes apreendidos serão enviados ao Ministério da Agricultura para avaliação mais aprofundada.
Além disso, uma das marcas, já banida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, levanta questões sobre a responsabilidade dos supermercados na venda desses produtos. A investigação também buscará esclarecer se houve omissão por parte dos estabelecimentos em relação às fraudes. Caso seja comprovada a responsabilidade, os supermercados poderão enfrentar penalidades legais semelhantes às dos fabricantes envolvidos na adulteração.
