Recentes levantamentos realizados pelo Banco Central e pelo Senado revelaram que um número significativo de pessoas tem gasto mais do que pode em apostas online, provocando um debate entre autoridades governamentais sobre a necessidade de limitar essas despesas. Em uma reunião ocorrida na quarta-feira (2), representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se encontraram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a possibilidade de suspender temporariamente o uso do sistema de pagamentos instantâneos, como o Pix, para esse tipo de transação.
A regulamentação das apostas online no Brasil, aprovada no final do ano passado, estabeleceu diversas normas que as empresas do setor devem seguir, incluindo a obrigação de pagamento de impostos. No entanto, a preocupação com o aumento dos gastos excessivos entre os apostadores levou a uma reavaliação das práticas atuais. A proposta de restrição ao uso do Pix para apostas é uma tentativa de mitigar os riscos financeiros enfrentados por esses usuários.
Além da suspensão do uso de meios de pagamento instantâneos, a Febraban está considerando sugerir ao governo a criação de uma força-tarefa que envolva diferentes setores e esferas governamentais. O objetivo dessa iniciativa seria aprofundar a análise dos impactos da atividade de apostas no Brasil, buscando formas mais eficazes de regulamentar e controlar esse mercado em expansão, promovendo a proteção dos consumidores e a responsabilidade financeira.