Na reta final das eleições municipais, candidatos a prefeito estão intensificando a estratégia do voto útil, buscando concentrar os votos para evitar a realização de segundo turno. No Rio de Janeiro, a movimentação causou tensões entre aliados, especialmente com o presidente da Embratur, que pediu apoio ao atual prefeito em reeleição. O crescimento nas intenções de voto de um candidato adversário gerou uma crise, levando a críticas de outros concorrentes sobre a escolha estratégica.
Em São Paulo, o candidato Guilherme Boulos também recorreu ao voto útil, lançando um manifesto com o apoio de artistas e intelectuais, argumentando que a unidade é crucial para evitar a ascensão de figuras associadas ao bolsonarismo. Boulos e outros candidatos estão tentando atrair eleitores de uma concorrente que também representa a esquerda, enquanto o atual prefeito enfatiza sua capacidade de vencer em todos os cenários de segundo turno, alertando para os riscos de um voto disperso.
A estratégia do voto útil não é uma novidade no Brasil, tendo sido utilizada em eleições passadas por diferentes grupos políticos. Nos últimos pleitos, a pressão por votos concentrados foi evidente, refletindo uma polarização crescente no cenário político. O apelo dos candidatos nesta fase final evidencia a luta para consolidar suas posições, demonstrando a relevância da estratégia em um ambiente eleitoral competitivo e dividido.