Desde a última sexta-feira (11), a cidade de São Paulo enfrenta uma crise de fornecimento de energia, deixando 537 mil domicílios sem luz até a manhã de segunda-feira (14). A situação gerou uma troca de acusações entre candidatos à prefeitura, com um deles enfatizando a necessidade de um manejo mais rigoroso de eventos climáticos e o outro responsabilizando a falta de fiscalização de agências reguladoras. O governador do estado buscou uma reunião com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) para discutir medidas mais firmes contra a concessionária Enel Energia, que opera sob uma concessão pública.
O TCU, que já analisa o serviço prestado pela Enel, não identificou falhas significativas na atuação do Poder Público na fiscalização da empresa. Apesar da grave situação, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece a necessidade de melhorias na regulação em relação a eventos climáticos extremos. Embora a caducidade do contrato de concessão seja uma opção, ministros da Corte alertam que esse processo não é simples e deve considerar vários fatores, incluindo a qualidade do atendimento.
A situação em São Paulo ainda inclui a inoperância de 135 semáforos, o que agrava o impacto do apagão na vida cotidiana dos cidadãos. A crise destaca a importância de se fortalecer a fiscalização e o planejamento em relação a desastres climáticos, refletindo uma demanda crescente por responsabilidade e eficácia das agências reguladoras no setor energético.