O apagão que afetou São Paulo na última sexta-feira (11) gerou um embate entre autoridades governamentais e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O ministro de Minas e Energia criticou a agência por não dar continuidade às investigações contra a distribuidora de energia, apontando que as falhas persistem desde apagões anteriores. Ele argumenta que a falta de um plano de contingência por parte da Enel contribuiu para a extensão do problema.
Em meio ao apagão, o governador de São Paulo também expressou descontentamento, sugerindo que a falta de ações efetivas por parte do governo federal e da Aneel contra a Enel justifica uma possível intervenção na empresa. O governador destacou que a Enel não atendeu às exigências feitas após o apagão anterior, comprometendo a recuperação de energia na cidade. Por sua vez, a prefeitura defendeu suas ações, afirmando ter cumprido sua parte no que diz respeito ao manejo urbano.
O apagão tornou-se um tema central na disputa pela prefeitura da capital, especialmente com as eleições se aproximando. O candidato da oposição utilizou a situação para criticar o atual prefeito, mostrando-se em áreas afetadas pela falta de luz e responsabilizando a administração local. Enquanto isso, o prefeito reafirmou que a responsabilidade pela crise de energia recai sobre a distribuidora, que não teria cumprido com suas obrigações contratuais.