A Grande São Paulo enfrenta uma grave crise de falta de energia elétrica, com mais de 158 mil imóveis ainda sem luz desde o último temporal, que ocorreu na sexta-feira, dia 11. A Enel, empresa responsável pela distribuição de energia, informou que cerca de 28 mil ocorrências estão relacionadas ao evento climático, e as equipes de atendimento estão trabalhando para restaurar o serviço. No entanto, o governador Tarcísio de Freitas se reuniu com prefeitos da região metropolitana para discutir uma possível intervenção federal no contrato da Enel, devido à ineficiência da empresa em resolver os apagões recorrentes.
O impacto econômico da falta de eletricidade é significativo, com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) estimando perdas de aproximadamente R$ 1,65 bilhão. Os setores de varejo e serviços têm sido os mais afetados, acumulando prejuízos que somam R$ 536 milhões e R$ 1,1 bilhão, respectivamente. A situação é ainda mais crítica para as empresas que dependem da energia elétrica para operar, levando muitas delas a alugar geradores e arcar com custos adicionais.
Além das consequências econômicas, o temporal resultou em danos à infraestrutura da cidade, com quedas de árvores e interrupções nas aulas em 68 escolas devido à falta de energia. A Enel se comprometeu a restabelecer o fornecimento de energia em até três dias, mas ainda não apresentou um plano claro para resolver a situação de forma definitiva. O governo estadual e as prefeituras estão pressionando por uma solução rápida, temendo que novos temporais possam provocar problemas semelhantes no futuro.