O apagão em São Paulo resultou em perdas estimadas em mais de R$ 1 bilhão para setores como varejo e serviços. A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP) apontou que as perdas apenas para esses setores somam cerca de R$ 1,65 bilhão, um valor que deve aumentar, uma vez que diversos estabelecimentos ainda permanecem sem energia elétrica. Além disso, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP) informou que cerca de metade dos 155 mil bares e restaurantes da cidade foram afetados, com prejuízos individuais que podem ultrapassar R$ 10 mil, totalizando mais de R$ 775 milhões.
Em resposta à crise, a Fecomércio-SP ingressou com uma ação judicial contra a distribuidora de energia, exigindo uma indenização de R$ 20 mil por estabelecimento prejudicado, considerando apenas seus 5 mil associados. A pressão sobre a Enel, responsável pela distribuição de energia na capital, também vem de outras entidades, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que solicitou a aplicação rigorosa do contrato de concessão da empresa, ressaltando a necessidade urgente de soluções para garantir o fornecimento de energia.
Além das críticas à Enel, a Fecomércio-SP chamou a atenção para a responsabilidade das instâncias governamentais na prestação deste serviço essencial, pedindo uma reforma administrativa para melhorar a gestão e garantir a continuidade do fornecimento de energia. Enquanto isso, cerca de 200 mil imóveis ainda enfrentam falta de luz, exacerbando a crise e a insatisfação entre os consumidores e empresários da região, que é um dos principais centros econômicos do país.