A capital e a região metropolitana de São Paulo enfrentam uma situação crítica após um apagão que afetou cerca de 1,6 milhão de imóveis, representando cerca de 20% dos clientes da Enel. A concessionária de energia está mobilizando uma equipe ampliada para atender à emergência, com técnicos de outras regiões do Brasil chegando para ajudar na recuperação da rede elétrica. Ao menos cinco mortes foram confirmadas em decorrência do incidente, que ocorreu após ventos fortes e chuvas intensas na noite de sexta-feira, 11 de outubro. As áreas mais afetadas incluem bairros como Jardim São Luís e Campo Limpo, e a empresa está atualizando a população a cada duas horas sobre os progressos na restauração do fornecimento.
O apagão também teve um impacto significativo no abastecimento de água, com diversas cidades da região metropolitana, incluindo São Bernardo do Campo e Santo André, enfrentando dificuldades. A Sabesp informou que estações de bombeamento foram prejudicadas, afetando a distribuição em bairros da capital e na grande São Paulo. Além disso, foram registrados 142 chamados relacionados a quedas de árvores, o que levou o Corpo de Bombeiros a intervir em diversas ocorrências. O prefeito da capital divulgou um balanço sobre os danos, destacando que várias áreas ainda necessitam de atenção imediata.
Apesar da gravidade da situação, a Enel afirmou que está mais preparada do que em eventos anteriores, como o apagão do ano passado, e que dobrou sua capacidade de atendimento frente aos mais de um milhão de chamados recebidos. O presidente da empresa reconheceu a intensidade dos ventos, que chegaram a 107,6 km/h, e garantiu que a equipe continua a trabalhar ininterruptamente para restaurar a infraestrutura. No entanto, não foi estipulado um prazo para a normalização total do fornecimento de energia. A previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas indica que não há expectativa de novos temporais neste fim de semana.