A Enel anunciou que cerca de 158 mil residências na Região Metropolitana de São Paulo ainda estão sem fornecimento de energia elétrica, após um apagão que se arrasta por quatro dias. A tempestade que atingiu a área na última sexta-feira resultou em sete mortes e provocou sérios impactos nos serviços públicos e no comércio, criando um clima de tensão entre as autoridades. O governo federal decidiu tomar medidas contra a empresa e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), diante das crescentes críticas sobre a lentidão na recuperação do serviço.
Para enfrentar a crise, a Enel comprometeu-se a mobilizar 2,9 mil técnicos na recuperação da energia, embora tenha inicialmente prometido alocar 2,5 mil profissionais. A situação desencadeou um intenso debate entre líderes locais, com críticas mútuas sobre as responsabilidades pela crise. O ministro de Minas e Energia criticou a gestão municipal, enquanto o prefeito atribuiu a culpa à falta de ação do ministério e da Aneel, evidenciando a falta de consenso entre as partes.
Além dos danos materiais causados pela tempestade, a situação expôs a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica na região. A população, que aguarda ansiosamente pela normalização do fornecimento de energia, enfrenta dificuldades cotidianas. As autoridades trabalham para encontrar soluções que evitem a repetição de situações semelhantes no futuro, enquanto o impacto financeiro da crise já se reflete em processos e notificações de ressarcimento contra a Enel, que contabilizam perdas significativas.