Cuba enfrenta um dos piores apagões de sua história, com a maioria da população fora da capital, Havana, ainda sem eletricidade após o colapso da central termelétrica Antonio Guiteras. Enquanto quase 90% dos habitantes de Havana já têm acesso à energia elétrica, a situação nas províncias é crítica, levando à suspensão de aulas e atividades não essenciais até quinta-feira, 24. A frustração da população se manifestou em protestos em bairros carentes, onde os moradores se reuniram para expressar suas queixas.
A situação se agrava com a passagem do furacão Oscar, que, embora rebaixado a tempestade tropical, causou danos significativos na parte oriental da ilha, incluindo a perda de moradias e danos a infraestrutura. As autoridades estão enfrentando dificuldades para restaurar completamente o fornecimento de energia, pois a tempestade impactou várias centrais e plantas de geração elétrica. O ministro de Energia e Minas indicou que a reconexão da rede poderia demorar mais do que o esperado, alertando para a possibilidade de novos apagões frequentes.
O governo cubano declarou estado de emergência energética, atribuindo a crise a uma combinação de demanda crescente, falta de combustível e falhas nas usinas antigas, exacerbadas por sanções internacionais. Embora a Casa Branca tenha se distanciado da responsabilidade pelos apagões, reconhecendo que a má gestão econômica de longa data contribui para as dificuldades do país, o povo cubano continua a enfrentar uma grave crise que desafia a capacidade do governo de restaurar a normalidade.