A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em colaboração com as Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal do Rio de Janeiro, está investigando a contaminação por HIV em seis pacientes que receberam órgãos transplantados. A situação é considerada grave, e a prioridade das autoridades é monitorar os receptores dos órgãos e realizar novos exames pré-transplante no Instituto Estadual de Hematologia Árthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio). Como medida preventiva, o Laboratório de Patologia Clínica PCS Lab Saleme foi interditado até a conclusão das investigações.
Além da interdição do laboratório, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu informou que o contrato com a empresa foi encerrado em fevereiro, passando a ser gerido por organizações sociais. A prefeitura também afastou um médico vinculado ao laboratório, que ocupava um cargo em um comitê de vigilância. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro abriu um inquérito civil para apurar as irregularidades no programa de transplantes e os resultados falso-negativos que podem ter levado à contaminação.
O governador do Rio de Janeiro, em nota, manifestou a necessidade de rigor nas investigações e se comprometeu a garantir a segurança do sistema de transplantes. Ele ressaltou a importância de tomar medidas que evitem a repetição de erros similares no futuro, enfatizando a responsabilidade do Estado na proteção da saúde pública e no bem-estar dos pacientes afetados.