A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou a Enel, responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo, para que apresente justificativas e um plano de adequação imediata após os apagões ocorridos nos dias 11 e 12 de outubro. Um forte temporal na noite de sexta-feira deixou aproximadamente 2,1 milhões de pessoas sem energia, resultando na morte de pelo menos sete indivíduos. A Aneel informou que os diretores da instituição avaliarão a proposta da empresa e, caso não haja uma solução satisfatória, um processo para recomendar a caducidade da concessão poderá ser iniciado junto ao Ministério de Minas e Energia (MME).
Durante uma coletiva de imprensa no sábado, a Enel não especificou um prazo para restabelecer totalmente o fornecimento de energia na capital e na região metropolitana, onde cerca de 1,6 milhão de imóveis ainda estão sem luz, representando cerca de 20% dos usuários. A concessionária afirmou que está aumentando a equipe de trabalho e que técnicos de outras regiões, como Ceará e Rio de Janeiro, devem ajudar nas operações a partir de domingo, dia 13. No entanto, a Enel ainda está avaliando os danos à rede elétrica.
A Aneel, por sua vez, está acompanhando a situação de perto e monitorando as ocorrências em São Paulo. A agência destacou que tomará medidas firmes para garantir a prestação do serviço, reafirmando seu compromisso com a fiscalização e a proteção dos consumidores. Segundo estimativas, um total de 2,6 milhões de consumidores ficou sem energia, sendo que 2,1 milhões estavam na área de concessão da Enel-SP.