O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) expressou preocupação com a resposta da Enel após recentes apagões, destacando que a recuperação dos serviços foi mais lenta do que em episódios anteriores. Durante um incidente em novembro do ano passado, a empresa conseguiu restabelecer 60% do fornecimento em 24 horas, enquanto na ocorrência mais recente levou 42 horas para atingir o mesmo patamar. A comparação é significativa, pois ambos os eventos afetaram cerca de dois milhões de consumidores na Grande São Paulo, refletindo problemas semelhantes na capacidade de mobilização da concessionária.
Em resposta às críticas, a Enel anunciou um investimento de R$ 2 bilhões por ano na infraestrutura de distribuição nos próximos dois anos. Esse investimento será direcionado à modernização da tecnologia da rede elétrica, visando aumentar a eficiência e a rapidez no restabelecimento do serviço, além de reduzir a necessidade de intervenções manuais. O presidente da Enel ressaltou a importância de melhorias, especialmente em relação à poda de árvores, em preparação para eventos climáticos severos.
Por outro lado, a Aneel informou que, enquanto a Enel enfrenta desafios, todas as demais distribuidoras já restabeleceram 100% dos seus serviços. Essa diferença no desempenho gera preocupação sobre a qualidade e a confiabilidade da energia fornecida pela Enel, especialmente em um contexto onde a expectativa de tempestades intensas se torna cada vez mais relevante.