O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, expressou sua concordância com as posições do atual presidente da instituição em relação aos gastos fiscais durante a pandemia, destacando a disparidade entre os esforços dos países avançados e os emergentes. Ele mencionou que os países desenvolvidos adotaram medidas fiscais mais robustas, o que gerou uma discussão sobre os efeitos inflacionários decorrentes tanto de choques de oferta quanto do aumento da demanda provocado por programas de transferência de renda.
Galípolo ressaltou que a análise da situação econômica pós-pandemia deve levar em conta a defasagem na remuneração do trabalho em relação ao crescimento dos preços relativos. Ele apontou que, apesar de uma sensação de melhora em relação ao ano anterior, muitos cidadãos percebem que seu poder de compra não é o mesmo de uma década atrás. Isso pode criar um cenário desafiador para a recuperação do poder aquisitivo dos trabalhadores, com o risco de uma espiral inflacionária.
A discussão sobre a inflação e a recuperação econômica é complexa e multifacetada, como ilustra a citação de Winston Churchill que Galípolo usou para enfatizar que a verdade é muitas vezes dividida entre diferentes perspectivas. Ele argumentou que, para garantir um ambiente econômico saudável, é essencial equilibrar o aumento dos custos para os empregadores com uma demanda robusta que possa ser repassada ao consumidor final, evitando assim pressões inflacionárias descontroladas.