O debate realizado na noite de sexta-feira (25) pela TV teve como participantes os candidatos Guilherme Boulos e Ricardo Nunes, sob a mediação do jornalista César Tralli. Os comentaristas avaliaram o desempenho dos candidatos, destacando que Boulos apresentou uma postura um pouco mais agressiva em comparação ao primeiro turno, embora não tenha se desviado de seu estilo habitual. A interação entre os candidatos foi marcada por momentos de ironia, como quando Boulos sugeriu que Nunes deveria beber água, insinuando nervosismo. Nunes, por sua vez, ficou na defensiva durante todo o debate, sem conseguir responder assertivamente às provocações.
A análise de especialistas também trouxe à tona a importância de estratégias de comunicação. Daniela Lima explicou que o debate foi monitorado por grupos focais que avaliaram a performance dos candidatos em tempo real, revelando a preocupação da campanha de Boulos em manter o tom apropriado. Apesar de alguns momentos considerados arriscados, como o comentário sobre a água, o candidato teve êxito em pontos que foram bem recebidos pelos eleitores, especialmente nas questões relacionadas a cemitérios. Já a equipe de Nunes celebrou a abordagem das questões de segurança como um ponto forte, especialmente a referência à Guarda Civil Metropolitana.
Mônica Waldvogel observou que Boulos parecia mais preparado e agressivo no debate do que em uma entrevista anterior, o que levantou questionamentos entre seus apoiadores. Ele utilizou a oportunidade para se destacar e explorar sua estratégia de comunicação. Com a necessidade de conquistar votos para uma possível recuperação nas eleições, Boulos aproveitou os momentos de debate para reforçar suas posições, enquanto Nunes se esforçou para defender seu legado e suas propostas em um ambiente desafiador.