Recentemente, cientistas espanhóis anunciaram que, após 22 anos de investigação e análise de DNA, Cristóvão Colombo, o famoso explorador do século XV, era um judeu sefardita da Europa Ocidental. Este estudo desafiou a teoria tradicional de que Colombo teria nascido em Gênova, na Itália, e trouxe à tona diversas outras possibilidades, incluindo origens espanholas, gregas e britânicas. A pesquisa, liderada pelo especialista forense Miguel Lorente, envolveu a comparação de amostras de restos mortais encontrados na Catedral de Sevilha com as de descendentes conhecidos do explorador.
Os pesquisadores se depararam com a complexidade da nacionalidade de Colombo devido à grande quantidade de dados disponíveis. Eles conseguiram confirmar que os restos mortais em Sevilha pertenciam a Colombo, um resultado considerado quase absolutamente confiável. Além disso, a pesquisa destacou que cerca de 300 mil judeus viviam na Espanha antes das conversões forçadas ordenadas pelos Reis Católicos, com muitos se estabelecendo em diversas partes do mundo.
Colombo morreu em Valladolid, na Espanha, em 1506, e expressou o desejo de ser enterrado na ilha de Hispaniola, atualmente dividida entre a República Dominicana e o Haiti. Seus restos foram transferidos várias vezes, inicialmente para a ilha em 1542, depois para Cuba em 1795, e, por último, para Sevilha em 1898. Esta nova compreensão das origens de Colombo pode ter implicações significativas para a forma como sua figura histórica é percebida e interpretada.