O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pedindo que a agência analise os custos e riscos associados à rejeição da venda da Amazonas Energia ao grupo J&F. Silveira enfatizou a necessidade de considerar a situação econômico-financeira da distribuidora, que tem enfrentado dificuldades desde 2023, e os potenciais impactos na prestação do serviço público. A proposta da Âmbar Energia, do grupo J&F, visa assumir a concessão, mas a possibilidade de intervenção na distribuidora também está sendo considerada, caso a transferência de controle não seja bem-sucedida.
A Amazonas Energia, que opera no estado do Amazonas, enfrenta uma crise financeira significativa, com uma dívida de R$ 10 bilhões e a recomendação de cassação de seu contrato. O governo federal publicou uma medida provisória para facilitar a venda da distribuidora, permitindo a flexibilização de custos, que poderiam ser transferidos para os consumidores. A Aneel limitou esses custos a R$ 8 bilhões, mas a Âmbar Energia argumenta que essas condições inviabilizariam a recuperação da empresa.
Recentemente, uma decisão judicial exigiu que a Aneel aprovasse a venda da Amazonas Energia conforme a proposta da Âmbar, mas a agência enfrentou um impasse nas votações. Após a mudança de voto do diretor-geral da Aneel, a proposta foi aprovada, embora a Âmbar tenha declarado que não tinha interesse em continuar com a compra nas condições estabelecidas. A situação continua em desenvolvimento, com a Amazonas Energia buscando apoio judicial para assegurar a execução da decisão.