A escalada das tensões no Oriente Médio, especialmente após os recentes ataques iranianos a Israel, levanta preocupações globais. O professor de Relações Internacionais da ESPM, Roberto Uebel, destaca que a possibilidade de uma resolução diplomática para o conflito se torna cada vez mais remota, citando uma sequência de eventos que contribuem para a atual crise, incluindo ações do Hamas e as respostas israelenses. A análise de Uebel sugere um cenário complicado, com múltiplos fatores influenciando a dinâmica regional.
O professor também aborda o impacto das eleições presidenciais nos Estados Unidos sobre o conflito, enfatizando que tanto democratas quanto republicanos estão concentrados na campanha eleitoral de 5 de novembro. Esse foco pode moldar a postura americana em relação à região, sendo o apoio a Israel um ponto central. Uebel observa que a relação entre os EUA e Israel é marcada por interdependência, onde o suporte financeiro e tecnológico é fundamental para a defesa israelense.
Além disso, Uebel comenta sobre a influência de outros atores globais, como China e Rússia, destacando a postura pragmática da China e a incerteza sobre a Rússia, que mantém relações com ambos os lados do conflito. A complexidade da situação no Oriente Médio é acentuada por essas interações, sugerindo que o desenrolar dos eventos nos próximos meses dependerá de diversas variáveis, incluindo a posição de potências globais e os desafios enfrentados por líderes regionais.