O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está utilizando os ataques recentes contra um grupo no Líbano como parte de uma estratégia para demonstrar força e mitigar as falhas de segurança evidenciadas durante um ataque surpresa em 7 de outubro de 2023. Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ, Michel Gherman, Netanyahu tem revelado um nível impressionante de infiltração e informação sobre o grupo, afirmando que isso demonstra sua capacidade de resposta e controle da situação.
Gherman sugere que a atual abordagem de Netanyahu é uma tentativa de assegurar à população que os erros do passado não se repetirãom, enfatizando que ele está atento às movimentações do grupo adversário. No entanto, mesmo com essas demonstrações de força, as pesquisas indicam que não houve uma mudança significativa no apoio popular a Netanyahu, que parece ter apenas redistribuído votos entre as facções políticas, sem conquistar novos adeptos.
Apesar da situação econômica e social desafiadora em Israel e da crescente oposição, Netanyahu continua evitando novas eleições, mantendo sua coalizão no poder. A análise aponta que, mesmo enfrentando uma crise multifacetada, sua habilidade política o ajuda a se manter em uma posição de controle, sem uma solução clara à vista para os conflitos na região.