A Âmbar Energia, parte do Grupo J&F, firmou na última quinta-feira, 10, um termo de transferência de controle da Amazonas Energia, que atualmente é administrada pela Oliveira Energia. Contudo, a efetivação dessa transferência está condicionada à estabilização de uma decisão judicial até 31 de dezembro. A medida provisória do governo anterior, que facilitou o negócio, perdeu validade na mesma data, complicando a situação. O contrato foi assinado em um curto intervalo de tempo, mas a agência reguladora, Aneel, ainda não deu a aprovação definitiva necessária, o que gera incertezas sobre a operação.
O processo de transferência enfrenta resistência dentro da Aneel, onde a equipe técnica apontou a falta de capacidade técnica da Âmbar no setor de distribuição, além de exigir maiores aportes financeiros para limitar o impacto no custo para os consumidores. A operação pode resultar em um custo significativo de R$ 14 bilhões para os usuários de energia em todo o país. Apesar das objeções, a Âmbar se comprometeu a melhorar a situação financeira da distribuidora, prometendo um pagamento substancial para sanar dívidas acumuladas e atender a metas estabelecidas.
Adicionalmente, a negociação se deu em um contexto de críticas ao governo anterior, que teria facilitado a aquisição das usinas pela Âmbar. A nova gestão tem pressionado a Aneel para que a transferência ocorra, temendo que a não efetivação da operação leve a uma intervenção financeira do governo. A Âmbar declarou confiança na viabilidade do seu plano de controle, na esperança de que a judicialização da questão se resolva rapidamente, permitindo que a empresa concentre esforços na melhoria dos serviços prestados aos consumidores da Amazonas.