A economia da Alemanha conseguiu evitar uma recessão técnica ao registrar um crescimento de 0,2% no terceiro trimestre de 2024, após uma contração de 0,3% nos três meses anteriores. O aumento foi impulsionado principalmente pelos gastos do governo e das famílias, apesar das revisões para baixo dos dados do PIB do segundo trimestre. No entanto, as perspectivas para o futuro permanecem sombrias, com o Fundo Monetário Internacional prevendo crescimento econômico zero para o país este ano, evidenciando um desempenho fraco em comparação com outras grandes economias.
Os desafios enfrentados pela economia alemã são exemplificados pela situação da Volkswagen, que reportou uma queda de 21% em seus lucros operacionais no período. A montadora, que é um pilar da indústria alemã, enfrenta dificuldades devido a vendas fracas, especialmente na China, além de custos elevados e intensa concorrência. O impacto negativo na Volkswagen é um reflexo das dificuldades mais amplas na economia, com uma pesquisa indicando a queda mais acentuada no emprego em quase quatro anos e meio, gerando um ambiente de pessimismo entre empresários e consumidores.
As condições econômicas desfavoráveis exigem reformas significativas, mas a implementação de mudanças estruturais parece improvável devido a restrições fiscais rígidas e a falta de consenso político. Um estudo recente sugere que a economia alemã precisará de um esforço de transformação sem precedentes até 2030, abrangendo investimentos em diversas áreas, desde infraestrutura até inovação. Contudo, as incertezas políticas e econômicas atuais dificultam a visão de um futuro melhor, com previsões de estagnação econômica contínua até a formação de um novo governo após as eleições gerais em 2026.