Uma advogada foi detida no interior do Ceará sob suspeita de envolvimento em uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas. A investigação, parte da Operação Tempestade, revelou diálogos entre a profissional e um líder do tráfico, onde ela solicitava indicações de pessoas para trabalhar em suas atividades. Em uma das conversas, a advogada transferiu R$ 10 mil para o traficante, que indicou um coordenador para as atividades ilegais em um bairro da cidade, além de interceder em questões eleitorais para um candidato local.
Após o pedido da defesa, a Justiça converteu a prisão temporária da advogada em prisão domiciliar, considerando que ela é responsável pelos cuidados de um filho menor. A decisão incluiu monitoramento eletrônico, visando garantir o bem-estar da criança. O Ministério Público do Ceará havia solicitado a manutenção da prisão, alegando que a conduta da advogada representava perigo à sociedade e envolvia a manipulação de questões eleitorais.
As investigações apontaram que a advogada desempenhava um papel significativo na organização criminosa, facilitando o comércio ilegal de drogas e a movimentação financeira da facção. Além de transferências de dinheiro, foram descobertos indícios de que ela também pagava em espécie pela indicação de pessoas para suas atividades. O controle do tráfico na região é disputado entre facções, com a liderança do Comando Vermelho prevalecendo na área de atuação da advogada.