Promotores federais apresentaram um documento judicial argumentando que o ex-presidente dos EUA não tem direito à imunidade em um caso que envolve alegações de crimes cometidos após a eleição de 2020. O texto, elaborado pela equipe do conselheiro especial, foi divulgado na quarta-feira (2) e surge após uma decisão da Suprema Corte que ampliou a imunidade para ex-presidentes. Esta documentação de 165 páginas é considerada crucial para que os promotores possam detalhar suas acusações antes da eleição marcada para 5 de novembro.
As novas evidências incluem uma alegação de que um funcionário da Casa Branca ouviu declarações do ex-presidente sugerindo indiferença em relação ao resultado da eleição. As acusações envolvem conspiração para obstruir a certificação da eleição, fraudes relacionadas a resultados e interferência nos direitos de voto dos cidadãos. O ex-presidente se declarou inocente das quatro acusações apresentadas.
O documento judicial, que foi submetido à aprovação de uma juíza antes de ser tornado público, também contém transcrições de entrevistas e depoimentos de testemunhas, a maior parte dos quais não será divulgada até o julgamento. Os promotores buscam assim fortalecer suas alegações em meio à estratégia de adiamento adotada pela defesa, na tentativa de enfrentar a decisão da Suprema Corte que favorece a imunidade de ex-presidentes em processos criminais.