O procurador-geral da Venezuela acusou o presidente brasileiro de manipular um acidente doméstico para justificar sua ausência na cúpula do Brics, onde o veto à entrada da Venezuela foi decidido. O incidente ocorreu em 19 de outubro, quando o presidente sofreu uma queda ao cortar as unhas do pé, resultando em uma lesão na cabeça. Apesar de receber atendimento médico e ser aconselhado a evitar viagens longas, imagens posteriores mostraram o presidente em um evento público, levantando suspeitas sobre a gravidade do acidente.
A ausência de Lula foi acompanhada pela presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que formalizaram o veto à inclusão da Venezuela no bloco. Esta decisão provocou uma reação negativa por parte do governo venezuelano, que classificou a postura brasileira como um ato hostil e agressivo. A indignação se intensificou, considerando a ação como inexplicável e imoral.
Em resposta às críticas, um ex-chanceler brasileiro afirmou que o veto foi resultado de uma quebra de confiança entre os países, ligada à falta de cumprimento por parte do governo venezuelano em relação à divulgação das atas eleitorais da última eleição. Embora o procurador-geral tenha feito alegações sobre teorias conspiratórias envolvendo a CIA, o governo da Venezuela se distanciou dessas declarações, enfatizando que são opiniões pessoais do procurador e não refletem a posição oficial do país.