O procurador-geral da Venezuela, em uma recente entrevista, acusou o presidente do Brasil e o líder do Chile de serem influenciados por agências de inteligência dos Estados Unidos, uma afirmação que carece de evidências concretas. A crítica foi direcionada especialmente à posição do presidente brasileiro em relação à eleição venezuelana realizada em julho, onde ele exige a publicação das atas eleitorais para reconhecer a vitória do atual presidente venezuelano, que foi declarado vencedor em um pleito contestado por falta de transparência.
As eleições na Venezuela têm gerado protestos tanto da oposição quanto da comunidade internacional, que alegam que as instituições responsáveis pela supervisão do processo eleitoral não são independentes. O Tribunal Superior de Justiça e o Conselho Nacional Eleitoral do país foram criticados por sua parcialidade, levando a questionamentos sobre a legitimidade do resultado das urnas. Diferentemente do Brasil, onde a validação eleitoral contou com a presença de observadores internacionais, a situação na Venezuela continua cercada de controvérsias.
A oposição venezuelana, liderada por figuras que afirmam ter vencido a eleição, divulgou partes das atas eleitorais, resultando em ações judiciais contra seus líderes. Apesar da perseguição política que enfrentam, alguns membros da oposição prometem retornar ao país para assumir cargos oficiais. Organizações internacionais, como o Centro Carter, também apontaram irregularidades no processo eleitoral e destacaram que a situação na Venezuela deve ser monitorada de perto, reforçando a necessidade de transparência e diálogo político na região.