Em meio a uma onda de denúncias de abusos sexuais na indústria da música, artistas como a pianista Nomi Abadi destacam a necessidade urgente de proteção para compositoras vítimas de agressão. Nomi, que fundou a Female Composer Safety League, expressa sua frustração ao relatar que, apesar de haver muitas pessoas testemunhando os eventos abusivos em festas promovidas por figuras influentes, pouco foi feito para ajudar as vítimas. Segundo ela, o movimento MeToo, que começou a impactar a indústria cinematográfica, agora ganha força no cenário musical.
A revelação de que abusos ocorreram em eventos fechados, frequentados por celebridades, faz parte de um contexto mais amplo de alegações que incluem coação e agressões. A situação atual é vista como um possível ponto de inflexão que pode levar a mudanças significativas nas práticas da indústria musical. Nomi aponta que o caso atual não deve ser um evento isolado, mas um catalisador para uma discussão mais ampla sobre segurança e responsabilidade, com a esperança de que outras sobreviventes se sintam encorajadas a compartilhar suas histórias.
Historicamente, a indústria musical não é estranha a acusações de crimes sexuais, mas o impacto das recentes alegações sugere que novos desdobramentos podem ocorrer. A influência de indivíduos em posições de poder pode resultar em novas investigações e potencialmente em um renascimento do movimento MeToo. Para muitos, a esperança é que a atenção gerada pelo caso atual leve a um diálogo mais profundo sobre os desafios enfrentados por artistas e compositoras, promovendo um ambiente mais seguro e respeitoso.