O governo federal anunciou um novo acordo para a reparação de danos resultantes da tragédia de Mariana, em Minas Gerais, que ocorreu em novembro de 2015. O valor total do acordo atinge R$ 170 bilhões, com R$ 132 bilhões em novos recursos destinados a diversas iniciativas, além de R$ 38 bilhões já gastos pela Fundação Renova, criada após o desastre. O presidente do Supremo Tribunal Federal destacou a urgência em resolver essa questão, especialmente em um contexto de judicialização contínua e um julgamento pendente no exterior.
O governo se comprometeu a destinar R$ 100 bilhões para políticas de reparação socioambientais ao longo de 20 anos, com R$ 18 bilhões a serem depositados até 2026. As indenizações previstas incluem valores para pessoas afetadas, como R$ 35 mil para atingidos em geral e R$ 95 mil para pescadores e agricultores. Aproximadamente 300 mil pessoas devem ter direito a essas indenizações em uma única parcela. Apesar do reconhecimento de avanços, movimentos sociais consideram o acordo insuficiente e expressam preocupações sobre o prazo para sua execução.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a importância de os ministros estarem preparados para utilizar os recursos de forma eficaz, advertindo que a falha em implementar os projetos poderia transformar o acordo em um motivo de críticas ao governo. O acordo é visto como um marco para o futuro e um aviso de que tragédias não devem ser tratadas apenas como questões financeiras. O caso permanece sob vigilância, com ações legais ainda em andamento.