A Vale está se aproximando de um acordo significativo relacionado ao rompimento da barragem em Mariana, com a expectativa de um desfecho até o dia 25 deste mês. O potencial acordo, que soma R$ 170 bilhões, inclui valores já investidos e pagamentos a serem feitos ao longo de 20 anos para compensar impactos socioambientais. Embora a mineradora tenha indicado uma provisão adicional de aproximadamente R$ 5,3 bilhões para o terceiro trimestre, ainda não há um cronograma definido para os desembolsos. A situação tem gerado grande expectativa tanto no mercado quanto entre analistas financeiros.
Instituições financeiras, como o Bradesco BBI e o Itaú BBA, projetam uma reação positiva das ações da Vale, já que a resolução da questão de Mariana pode remover um importante obstáculo para os investidores. A análise aponta que, embora os pagamentos estejam programados para se estender por duas décadas, os desembolsos iniciais podem ser mais concentrados nos primeiros anos, o que poderá impactar a geração de fluxo de caixa livre e os dividendos da empresa. Contudo, um acordo final é visto como essencial para restaurar o relacionamento da Vale com as partes interessadas e reverter as incertezas que envolvem suas operações.
Por fim, a possibilidade de um acordo definitivo é considerada um passo crucial para a mineradora, pois permitiria que a gestão se concentrasse em estratégias operacionais e em um desempenho aprimorado. O cenário de reclassificação das ações da Vale é apoiado por avaliações de mercado que indicam um valuation atraente, com recomendações de compra por várias instituições financeiras. O fechamento de um acordo que beneficie todas as partes envolvidas pode representar um novo começo para a Vale, aliviando as pressões que têm cercado a empresa nos últimos anos.