A companhia aérea Azul anunciou um acordo significativo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos, resultando na troca de aproximadamente R$ 3 bilhões em obrigações de dívida por novas ações. Essa mudança contempla a emissão de até 100 milhões de ações preferenciais, abrangendo 92% das obrigações existentes, e já teve um impacto positivo nos papéis da empresa, que dispararam mais de 15% na bolsa de valores brasileira após o anúncio.
O novo acordo substitui um entendimento anterior que previa o pagamento das obrigações por meio da emissão de ações a um preço fixo, que era significativamente superior ao valor atual dos papéis da Azul. A companhia destacou que este movimento é parte de um plano mais amplo para fortalecer sua geração de caixa e aprimorar sua estrutura de capital no futuro. Além disso, a empresa continua em negociações com os 8% restantes das obrigações.
Analistas do JPMorgan avaliam que a nova emissão de ações resultará em uma diluição de cerca de 23% para os acionistas, conforme os preços atuais. Essa diluição estava dentro das expectativas do mercado, que previu uma redução entre 20% e 25%. Os especialistas do banco consideraram o anúncio positivo, uma vez que alivia as pressões sobre um possível pedido de recuperação judicial e mantém uma recomendação neutra para as ações da companhia.