As bolsas europeias encerraram o dia em território negativo após uma sessão marcada por volatilidade, impulsionada por desempenhos insatisfatórios no setor de mineração e por balanços desapontadores de grandes empresas, como o Deutsche Bank e a L’Oreal. O índice STOXX 600 caiu 0,30%, refletindo também a desvalorização das bolsas na Alemanha, França e Itália. O setor de recursos básicos foi o mais impactado, com a Boliden registrando uma queda significativa de 2,3% após uma revisão negativa de recomendação por parte do UBS.
Os resultados financeiros destacaram-se no dia, com o Deutsche Bank enfrentando uma diminuição de 2% em suas ações devido a uma elevação em suas previsões para empréstimos problemáticos, resultante da fraqueza econômica na Alemanha. A L’Oreal, por sua vez, viu suas ações recuarem 2,5% após não atingir as estimativas de vendas, especialmente devido à redução na demanda por produtos de beleza na China. No entanto, os setores de automóveis e serviços públicos mostraram desempenho positivo, com a Stellantis subindo 3% e a Iberdrola crescendo 1,5% após previsões otimistas.
A situação econômica da zona do euro, segundo o economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, levantou questionamentos sobre as perspectivas de recuperação da região, refletindo a fragilidade do cenário econômico. As quedas em índices como o FTSE de Londres, DAX de Frankfurt, CAC-40 de Paris e PSI20 de Lisboa indicam um clima de cautela entre os investidores, que aguardam sinais mais claros sobre a recuperação econômica e os próximos passos das políticas monetárias na Europa.