A deputada está sendo interrogada no Supremo Tribunal Federal (STF) em um caso relacionado à invasão de dispositivos informáticos e falsidade ideológica. Junto a um hacker conhecido por suas atividades anteriores, a deputada é acusada de inserir dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo um mandado de prisão contra um ministro do STF. A defesa da deputada nega as acusações e afirma que ela é inocente, enquanto o hacker assumiu a responsabilidade pelos atos, alegando que a parlamentar teve um papel central na invasão.
A investigação foi iniciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que denunciou a dupla após constatar que haviam adulterado informações em sistemas do Poder Judiciário entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. A PGR apontou que o objetivo da ação era desmoralizar a Justiça Brasileira e obter vantagens políticas. O relatório da Polícia Federal também indicou que o hacker estava a serviço da deputada, o que reforça as acusações de colaboração entre os envolvidos.
A denúncia destaca ainda que o pagamento pelos serviços do hacker foi realizado de forma dissimulada, envolvendo um funcionário do gabinete da deputada, que não foi denunciado. A PGR argumenta que a ação visava causar danos ao funcionamento da máquina administrativa judiciária e gerar um clima de desconfiança em relação ao sistema de Justiça. A tramitação do caso avança agora para a fase final de instrução, na qual são levantadas provas e ouvidas as partes envolvidas.