O Ministério Público Eleitoral (MPE) iniciou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para investigar supostas irregularidades nas candidaturas de um partido local, envolvendo a utilização indevida das cotas de gênero durante as eleições de 2024 em Porto Velho. A ação destaca que uma candidata registrada teve apenas um voto e não realizou campanha, além de não ter recebido recursos do fundo eleitoral. O MPE alega que a candidatura pode ter sido fictícia, vinculando a situação ao controle do partido por um dos candidatos.
O MPE apresentou evidências, como capturas de tela de redes sociais, que indicariam apoio da candidata a outro candidato da mesma legenda. Em função disso, a ação busca a cassação do diploma e do mandato do vereador eleito, além da inelegibilidade dos envolvidos por oito anos. O MPE também solicita a invalidação das candidaturas do partido e uma recontagem dos votos recebidos.
A defesa do candidato enfatiza que ele e o partido ainda não foram formalmente notificados sobre as acusações. Segundo a defesa, a candidata desistiu de sua candidatura antes da eleição e não participou de campanhas. Além disso, afirmam que, mesmo com a desistência de algumas candidatas, o partido conseguiu cumprir a cota mínima de 30% de candidaturas femininas. A situação permanece em andamento, aguardando resposta judicial.