Uma ação civil pública foi movida para suspender as obras na região do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, após o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de Mato Grosso identificarem irregularidades significativas no licenciamento ambiental. Entre os problemas destacados estão a falta de justificativa para o licenciamento simplificado e a ausência de consulta ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária sobre os impactos das obras, o que gerou preocupações sobre a alteração irreversível da paisagem e o aumento do risco de deslizamentos.
Os autores da ação solicitam que a Justiça Federal invalide a escolha do projeto de retaludamento, alegando que não foram apresentados critérios de razoabilidade ou as vantagens do projeto pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística. Apesar da ação, a secretaria informou que ainda não foi intimada e que as obras continuarão, a menos que ocorram chuvas intensas, que poderiam resultar em interrupções temporárias.
A comunidade local expressou sua insatisfação com o projeto por meio de protestos, alegando que a construção pode danificar um sítio arqueológico de 5 mil anos e um monumento natural de 350 milhões de anos. Os moradores defendem a realização de estudos mais detalhados que considerem não apenas os aspectos ambientais, mas também os impactos sociais e econômicos na região. A proposta de retaludamento visa melhorar a segurança da estrada, especialmente após recentes quedas de rochas, mas a população pede alternativas que preservem o patrimônio histórico e natural local.