A Prefeitura de São Paulo ajuizou uma ação civil pública no Tribunal de Justiça para que a concessionária Enel restabeleça a energia elétrica em áreas ainda afetadas pelo apagão, sob pena de multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento. Atualmente, 220 mil imóveis na capital e Grande São Paulo permanecem sem energia, e o caso se tornou um tema central nos debates eleitorais. Enquanto a Enel afirma ter reforçado suas equipes, o prefeito e seu adversário trocam acusações sobre a responsabilidade pela crise.
O apagão, que afetou mais de 2,1 milhões de pessoas após uma tempestade com ventos de até 107,6 km/h, resultou na queda de 386 árvores, algumas das quais interromperam o fornecimento de energia devido à falta de manutenção pela concessionária. A Prefeitura alega que a Enel não apresentou um plano de contingência adequado e que continua a inércia na remoção de árvores que dificultam o trabalho de recuperação da rede elétrica.
Além da ação judicial, o Ministério de Minas e Energia concedeu um prazo de três dias para que a Enel resolva a situação. A Prefeitura também acionou órgãos reguladores, como a Aneel e o Tribunal de Contas da União, devido às deficiências no serviço prestado. Essa não é a primeira vez que a gestão municipal toma medidas contra a concessionária, que enfrenta um histórico de reclamações sobre a qualidade de seus serviços.