Natalie Nassif, pedagoga de 38 anos, vive em Beirute e enfrenta a crise provocada pela guerra entre o Líbano e Israel. Filha de pais libaneses, ela relatou que muitos de seus alunos estão abandonando os estudos devido ao impacto psicológico da violência. Desde que a guerra eclodiu, Natalie tem sentido uma crescente ansiedade e medo, mesmo morando longe das áreas de maior conflito. Ela expressa a dificuldade em deixar o país, mencionando a lotação dos voos comerciais e a espera por repatriação.
A comunidade brasileira no Líbano tem se unido para lidar com a situação, utilizando grupos de WhatsApp para compartilhar informações e suporte emocional. Natalie destaca que, apesar do senso de pertencimento que sente no Líbano, a guerra traz um dilema constante entre permanecer em um lugar que considera sua casa ou buscar segurança em outro local. O relato dela revela um panorama de sofrimento e incerteza que afeta não apenas os brasileiros, mas toda a população local.
A situação no Líbano se agrava, com relatos de mais de mil mortos e milhares de feridos nas últimas semanas. A violência impacta diretamente a vida dos cidadãos, e Natalie observa que a saúde mental de seus alunos está comprometida. Apesar de tudo, ela mantém a esperança de que dias de paz possam retornar, ressaltando que a guerra traz sofrimento indiscriminado e clama por um cessar-fogo.