O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a transferência de controle da Amazonas Energia para a Âmbar, uma decisão formalizada em meio a uma ordem judicial que obrigava a agência a seguir adiante com a operação. A aprovação ocorre após pressões da Âmbar e do Ministério de Minas e Energia, que destacaram os custos potenciais de uma intervenção governamental, estimados entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões. O valor total da transferência foi estipulado em R$ 14 bilhões, que será financiado pelos consumidores ao longo de 15 anos, com a Âmbar se comprometendo a aportar R$ 6,5 bilhões até 2025.
A proposta da Âmbar também envolve um aporte adicional de R$ 8,5 bilhões ainda em 2024, uma vez que a dívida da Amazonas Energia ultrapassa R$ 11 bilhões. A aprovação da Aneel foi feita em caráter precário, condicionado à manutenção da decisão judicial, e busca atender as necessidades financeiras da distribuidora. A reunião da diretoria da Aneel, marcada para discutir o pedido de reconsideração sobre os custos da transferência, ocorre após um impasse em votação anterior que terminou empatada.
A Âmbar, que adquiriu termoelétricas da Eletrobras, busca garantir uma solução sustentável para a Amazonas Energia, que enfrenta problemas financeiros há anos. A empresa alega que a aprovação cria condições para a recuperação da distribuidora, promovendo segurança energética e solucionando décadas de dificuldades econômicas na região. A transferência de custos para a Conta de Energia de Reserva, paga por todos os consumidores, também alivia a distribuidora de encargos financeiros, facilitando a transição para o novo controlador.