Nos últimos meses, o foco das discussões globais tem sido o Oriente Médio, especialmente o conflito em Israel e seus impactos. No entanto, um outro conflito adormecido no extremo oriente, envolvendo Taiwan, também começa a chamar a atenção. Em 2024, o governo da República Popular da China intensificou suas atividades militares ao redor da ilha, especialmente após declarações do presidente taiwanês sobre a soberania de cada país, o que levou a um aumento nas tensões entre os dois lados.
Desde a sua separação em 1949, Taiwan tem sido um ponto de discórdia, com o governo central da China considerando a ilha uma província rebelde. Ao longo das décadas, Taiwan passou por uma transição democrática, aproximando-se de outros países democráticos na região, enquanto a China, sob o regime do Partido Comunista, passou por profundas reformas econômicas e políticas. Essas mudanças resultaram em uma crescente influência chinesa no cenário global, ao passo que Taiwan se viu cada vez mais isolada diplomaticamente, apesar de sua relevância na produção de tecnologia avançada, como semicondutores.
Para o Partido Comunista Chinês, a questão de Taiwan é um assunto interno, enquanto os Estados Unidos, sob a administração atual, buscam manter um status quo que limite a relevância internacional da ilha. A contínua presença militar da China no estreito de Taiwan serve como um alerta para os mercados globais, uma vez que qualquer escalada de conflito poderia ter consequências devastadoras para a economia mundial. A dinâmica entre as duas potências se torna cada vez mais crítica, revelando o delicado equilíbrio de poder na região.