A Rússia tem demonstrado uma considerável capacidade de resistir às sanções econômicas impostas pela comunidade internacional, segundo o professor Angelo Segrillo, especialista em História Contemporânea da Universidade de São Paulo. Entre os principais fatores que garantem essa resiliência, ele destaca a vastidão territorial e a riqueza mineral do país, que abriga uma abundância de recursos valiosos, como ouro, diamante e gás, fundamentais para a economia russa.
Segrillo argumenta que a Rússia possui um modelo de autossuficiência que a torna única no cenário mundial. A combinação de uma gestão econômica habilidosa com um rigor fiscal significativo permitiu ao país acumular reservas e enfrentar as adversidades impostas pelas sanções. Ele observa que, embora a inflação tenha se mantido relativamente alta, a taxa de juros já apresenta níveis mais controláveis, refletindo uma adaptação econômica frente aos desafios.
Além disso, a Rússia tem buscado alternativas para o comércio internacional, estabelecendo parcerias com países como China, Índia e Brasil, o que tem sido crucial para minimizar os impactos das restrições. Essa habilidade de adaptação, unida à sua vasta riqueza natural, coloca a Rússia em uma posição onde consegue resistir a pressões que outros países podem não suportar.