Nas eleições municipais de 2024, 775 municípios brasileiros não elegeram nenhuma mulher para a Câmara Municipal, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Este número, embora ainda elevado, representa uma queda em relação a 2020, quando 929 cidades ficaram sem vereadoras. Minas Gerais liderou a eleição com 1,3 mil mulheres eleitas, seguido por São Paulo com 1,2 mil. Roraima e Amapá apresentaram os menores índices, com 40 e 41 mulheres eleitas, respectivamente. A participação feminina nas Câmaras Municipais aumentou timidamente, de 16,13% em 2020 para 18,24% neste ano.
Entre as capitais, a situação é um pouco mais promissora, com a proporção de vereadoras passando de 17% para 21%. São Paulo se destacou com 36% das cadeiras ocupadas por mulheres, enquanto outras cidades, como Curitiba e Porto Alegre, também apresentaram índices significativos. O aumento mais expressivo ocorreu em Cuiabá, onde a representatividade feminina subiu de 8% para 30%. Contudo, mesmo com esse avanço, 78 cidades do Estado de São Paulo permanecem sem mulheres na câmara municipal, apontando para a necessidade de mais esforços em prol da inclusão.
No que diz respeito às prefeituras, o cenário ainda é desafiador. A quantidade de mulheres no comando das prefeituras subiu de 12,07% para 13,23% após o primeiro turno das eleições. A diretora de Incidência do Instituto Alziras destacou que o segundo turno será crucial para avaliar o avanço na diversidade política, uma vez que sete mulheres estão disputando prefeituras em capitais. As cidades em destaque incluem Curitiba, Porto Alegre e Campo Grande, esta última com duas mulheres concorrendo diretamente, revelando a importância da participação feminina na política local.