As ações da Tesla tiveram um aumento significativo de 22% na quinta-feira (25), marcando a maior alta diária em mais de uma década, após a empresa prever um crescimento de vendas entre 20% e 30% para o próximo ano. Essa expectativa trouxe alívio aos investidores, que estavam preocupados com a falta de foco da empresa em seu core business de veículos elétricos, especialmente após Elon Musk ter explorado novas áreas, como inteligência artificial e robótica, sem apresentar um plano de negócios concreto. Além disso, a fabricante se viu forçada a reduzir preços para competir com rivais asiáticos, o que gerou receios sobre as margens de lucro.
Musk anunciou planos ousados, incluindo a produção de pelo menos 2 milhões de táxis autônomos anualmente e a expectativa de oferecer serviços de transporte urbano sem motorista no próximo ano. Apesar do otimismo, investidores como Ross Gerber expressaram preocupação com a ênfase da Tesla em tecnologias emergentes, em detrimento de seu foco tradicional. A resposta do mercado foi positiva, com várias corretoras elevando o preço-alvo das ações da Tesla, refletindo uma nova confiança nas promessas de crescimento e lucratividade.
Analistas de instituições financeiras, como Goldman Sachs e Morgan Stanley, também comentaram sobre os resultados da empresa, indicando que, embora o desempenho tenha superado expectativas, os fundamentos do setor automotivo podem permanecer voláteis no curto prazo. O crescimento dos investimentos em infraestrutura e a introdução de novos produtos a preços acessíveis são vistos como essenciais para garantir o futuro da Tesla, enquanto desafios regulatórios e de mercado ainda precisam ser enfrentados.