A crença em fantasmas tem fascinado a humanidade por séculos, mesmo sem evidências científicas que comprovem sua existência. Muitas pessoas relatam experiências que vão desde aparições sombrias até ruídos inexplicáveis, levando a um debate sobre a natureza dessas vivências. Christopher French, professor de psicologia, argumenta que muitos desses relatos podem ser explicados por fenômenos naturais, como alucinações e pareidolia, que é a tendência do cérebro de reconhecer padrões, como rostos, em objetos inanimados. Essa percepção é influenciada pela expectativa e pela memória, que podem distorcer a realidade, fazendo com que eventos comuns sejam interpretados como encontros paranormais.
O viés de confirmação também desempenha um papel importante na perpetuação das crenças em fantasmas, onde as pessoas tendem a focar em evidências que apoiam suas crenças prévias e ignorar aquelas que as contradizem. Além disso, a história das crenças em fantasmas evoluiu ao longo do tempo, refletindo mudanças culturais e sociais. Durante a era vitoriana, por exemplo, sessões espíritas tornaram-se populares entre a alta sociedade, que buscava conforto e orientação espiritual na comunicação com o além.
Embora a falta de evidências concretas para a existência de fantasmas seja clara, as crenças persistem, em parte devido à necessidade humana de encontrar explicações para o desconhecido. Essas crenças parecem estar mais ligadas à psicologia e aos desejos internos das pessoas do que à realidade objetiva ao seu redor, preenchendo lacunas emocionais e fornecendo consolo diante do mistério da vida e da morte.