O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que a abordagem da autoridade monetária em relação ao aumento das taxas de juros permanece consistente com o ciclo anterior, focado em cortes da Selic. Ele destacou o compromisso do Banco Central em atingir a meta de inflação, enfatizando a importância de monitorar os componentes da inflação mais sensíveis às políticas monetárias, como as expectativas e projeções de inflação, o hiato do produto e o balanço de riscos.
Durante um evento em Washington DC, Guillen reiterou que o ritmo e a magnitude do aumento das taxas de juros dependerão da evolução dos dados econômicos. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, chegando a 10,75%. Essa decisão reflete a necessidade de ajustes em resposta ao cenário econômico atual.
Guillen também mencionou o esforço do Banco Central em ser transparente sobre as razões que levaram ao início do ciclo de alta de juros. Ele apontou fatores como a resiliência da economia brasileira, as pressões no mercado de trabalho, um hiato do produto positivo e a desancoragem das expectativas de inflação como aspectos que influenciam a política monetária.