O grupo dinamarquês A.P. Moller-Maersk anunciou que a demanda por transporte de mercadorias deve se manter alta nos próximos meses, mesmo com a expectativa de não retomar a navegação pelo Canal de Suez até bem depois de 2025. A interrupção de rotas vitais devido a ataques no Mar Vermelho, perpetrados por militantes, resultou no redirecionamento de embarcações, elevando as taxas de frete e causando congestionamento nos portos da Ásia e da Europa.
O CEO Vincent Clerc destacou a gravidade da situação, afirmando que não há sinais de diminuição no volume de comércio, especialmente em regiões como a Europa e a América do Norte. Desde janeiro, a Maersk já desviou seus navios porta-contêineres para rotas mais longas, contornando o Cabo da Boa Esperança, em resposta às inseguranças no Mar Vermelho.
Além disso, a empresa reportou um aumento significativo na demanda no terceiro trimestre, impulsionada principalmente pelas exportações da China e do Sudeste Asiático. A situação atual do transporte marítimo reflete os desafios contínuos enfrentados pelo setor, destacando a resiliência do comércio global diante de adversidades logísticas.